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segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Mini-férias na Itália: 2 noites em Veneza!

9 dias na Itália: Veneza, Roma, Vaticano, Florença, Verona, Lago de Garda e Milão. Ufa! Uma viagem mais pra corrida que pra relaxante, mas no fim, com uma sensação boa de ter visto o máximo possível nesse pouco tempo de mini-férias.
Enfim, vou começar por Veneza que foi por onde começamos também, em uma sexta feira. Aliás, do Aeroporto Marco Polo (VCE). Você já pousa em Veneza com uma vista linda do mar Adriático, e eu particularmente já me apaixonei pela cidade naquele momento.  Dizem que Hamburgo é a Veneza alemã, Brugges é a Veneza belga, mas sinceramente, depois que você vai a Veneza italiana (e verdadeira), nunca mais você vê sentido nessas comparações!! Veneza é linda e única, só mesmo indo lá pra entender do que eu estou falando!
Ficamos hospedados na ilha La Giudecca, então pegamos um shuttle do aeroporto até a estação de trem Venecia Santa Lucia, custa somente 6 euros por pessoa, caso compre ida e volta, fica 11 euros. De lá não tem jeito, todo mundo precisa comprar um cartão do transporte público, não tem como alugar carro porque não existem ruas em Veneza (pelo menos não para carros).  Táxi somente aquático. Viaturas de emergência e policiais também. A boa notícia é que tem passes combinados especiais para turistas de 24h, 48h e 72h (para acessar valores atualizados clique aqui), no nosso caso, ficaríamos por 48 horas, mas o que eles NÃO VÃO TE INFORMAR é que o cartão para 48 horas custa 30 euros por pessoa, porém, se você tiver entre 14 e 29 anos, pode comprar o cartão especial para 72 horas por 20 euros! Enfim, por isso sempre vale a pena ler blogs alheios antes de fazer sua viagem, li sobre o tal cartão jovem e perguntei sobre ele direto, e o cara respondeu: “mas você não vai ficar 48 horas?”, mas oi? Compensa né amigo, manda o de 72h mesmo!! Ah, não esqueça de validar seu ticket antes de entrar em qualquer transporte (vale a dica pra toda Itália), pois se aparecerem os funcionários para checar seu ticket você poderá ter problemas, mesmo parecendo que a entrada é meio que livre e sem controle.

Ilha La Giudecca

Deixamos as malas e o cansaço da viagem no hotel e saímos para passear pela cidade. Pegamos o Vaporetto para a estação Zattere e caminhamos durante umas 3 horas sem destino pelas ruelas de Veneza. A primeira ponte que tiramos fotos foi a tal famosa Ponte dei Sospiri. Mas eu não fazia ideia porque saímos sem mapa, só no dia seguinte depois de procurá-la que me liguei que já tinha passado ali. Mas não importa, o objetivo do passeio noturno era realmente sair sem rumo, e de brinde encontramos sem querer a Piazza San Marco, nos sentamos de frente à Basílica di San Marco e curtimos a vista, a música local, alguns turistas tirando fotos e a chuva fininha que estava caindo. É bom se informar sobre os horários do Vaporetto antes de sair sem rumo, pois apesar de ser 24h, não são todas as linhas, tivemos que ir de estação em estação até encontrarmos (para nosso alívio) uma linha indo para Giudecca.

Vaporetto

No dia seguinte (sábado), munidos de um mapa, saímos realmente para ver os pontos turísticos. Na verdade eu tinha algumas dicas anotadas, mas já percebi faz tempo que vale muito mais a pena caminhar sem pressa, apreciar o local em que estamos do que ficar numa busca desesperada pelas 528 coisas para se fazer em Veneza da TripAdvisor, por exemplo. No fim você tem foto de tudo mas não apreciou nada! E Veneza não tem erro, não é a toa que todo mundo fala para se perder em Veneza, porque realmente o tempo todo você tropeça nos tais “pontos turísticos”, e quem não se perde em Veneza, não conhece Veneza...

Vista de Veneza saindo da Ilha La Giudecca
(a torre é o Campanário da Piazza San Marco, com o domo da Basílica e o Palazzo Ducale) 

Antes de pegar o Vaporetto para San Marco, tomamos café em um bar local nada turístico, com preço muito mais acessível e claro, muito mais gostoso. Eu confesso que fiquei chocada na Alemanha quando pedi um Cappuccino e ele veio com gosto de café com leite, e meu namorado falou que essa é a verdadeira receita, no Brasil a gente inventou outra bebida e deu o mesmo nome. Até brigamos e entrei na internet para mostrar que a nossa receita era original e que a Alemanha estragou o Cappuccino, mas eu perdi e ele estava certo. Ok, na Itália não poderia deixar de pedir um, mesmo não gostando da ideia de que viria sem chocolate e sem leite em pó, mas gente, o negócio é cremoso de um tanto que até o nosso brasileiro não tem vez. Delícia!!

Cappuccino

Primeira coisa que eu percebi de diferente durante o dia: ESTAVA LOTADO DE TURISTA!!!! Quando digo lotado, entenda realmente que você tinha que ir em fila pra subir os degraus das pontes. Bem tenso. Enfim conseguimos chegar de volta da Piazza San marco para tirarmos algumas fotos, apesar da chuva. Fiquei no meio da praça parada um tempão, admirando a Basílica di San Marco, infelizmente estava com uma parte coberta para restauração, mas ainda assim linda!! Logo ao lado, vimos a famosa construção do Séc. XV, a Torre dell’Orologio.

Turistas.

E mais turistas.

E muito mais turistas.

Máscaras por toda Veneza que dão um charme especial.

Basílica di San Marco. Obs: atenção aos pombos!!

Torre dell'Orologio


Tinha tanta gente na praça e filas tão gigantescas, que preferimos continuar passeando pela cidade e encontrar um lugar bacana e não tão caro (missão quase impossível em Veneza) para almoçar. Ficamos olhando as gôndolas passando e, apesar da maioria falar que não pode deixar de fazer o passeio, me desculpe, mas 100 euros por causa de meia hora nos canais que podemos ver do Vaporetto não é algo que, na minha concepção, valha tanto a pena! Gente, e passando pelos canais com o Vaporetto eu descobri que o Lord Byron morou em Veneza!!!

Fila para entrar na Basílica.
 
Fila de gôndolas pra dar conta de tanto turista!

Ponte di Rialto

Vista do canal com a Ponte di Rialto ao fundo.

Aqui morou Lord Byron entre 1818 e 1819.

Táxi.


Encontramos um lugar beeeem bacana, massa na faixa dos 9 euros e uma taça de vinho por €2,50. E a vista da janela era linda! Depois de almoçar, caminhamos bem devagar até a Santa Maria dela Salute que, apesar de mais imponente que a própria Basílica di San Marco, não é a mais bonita por dentro. Mas vale a pena a visita, lembrando que ela fecha para almoço e pelo menos não tem fila!

Pausa para almoço!

Santa Maria dela Salute

Esperando abrir as portas, só depois das 15:30.

Altar da Santa Maria dela Salute.

Santa Maria dela Salute vista de dentro.

Voltamos então para a Piazza San Marco e encaramos a fila para entrar na Basílica. Não estava mais tão longa, então valeu a pena aguardar um pouco e não ir logo pela manhã! Na verdade não podia tirar fotos, mas todos estavam ignorando os avisos! Desliguei o flash e tirei algumas também!! Por conta das filas, optamos não subir no domo e nem no Campanário, pois assim teríamos mais tempo de visitar as outras ilhas. Tenho certeza que a vista deve ser linda, mas vou deixar para um próxima, quem sabe!

Basílica di San Marco vista de dentro

Basílica di San Marco vista de dentro

Voltamos ao Grand Canal para procurar a tal Ponte dei Sospiri, a qual os presos quando passagem sob ela sabia que nunca mais sairiam dali (geralmente condenados à prisão perpétua) e davam seu último suspiro. Passamos pelo Palazzo Ducale, queria visitar a prisão, mas tinha muito mais para se ver (li que para visitá-lo e ver tudo com calma custaria meio período do seu dia), e como custava 20 euros o ingresso não achei que valia a pena pagar só pra dar uma olhada rápida.

Ponte dei Sospiri

Ilha de Murano

Fomos para a estação San Zaccaria pegar o Vaporetto para Murano. Vidros!! Infelizmente chegamos lá e as lojas já estavam fechando, então passeamos pela ilha vazia (que na verdade foi até um alívio) e entrei em todas as lojas que ainda estavam abertas. Eu queria poder comprar tudo, mas sabia que daria um trabalho imenso carregar logo no inicio da viagem alguma coisa de vidro. Sem contar que não é lá tão barato. Então me contive com um anel e uma pulseira colorida. Ah, eu acho justo ter a delicadeza de pagar um pouco a mais e comprar artigos originais, tinha cartazes por toda ilha dizendo que comprar vidro falsificado era o mesmo que matar Murano. O que é verdade. Eles vivem disso, os artigos não lindos, e vidros da China você pode comprar em qualquer lugar do mundo. Vidro de Murano, somente em Murano!! 

Faro di Murano.

Murano.

Murano.

Murano.

Lido (Praia)

Disseram pra gente no hotel que Lido era a ilha jovem de Veneza, que é bem mais badalada e tal. Não sei se a gente foi pro lugar errado, mas eu esperava uma avenida grande cheia de barzinhos em frente ao mar, comer um peixe ou uma massa com frutos do mar e tomar vinho. Fiquei mega decepcionada, a praia estava completamente vazia (não entendi o sistema das casinhas). E a avenida em frente morta! Encontramos por acaso uma lanchonete que funcionava dentro de um ônibus antigo, comemos hamburger e tomamos cerveja, e eu frustrada com o sossego da ilha. 

Entrada da praia.

Mais casinhas.

Beeeem difícil caminhar descalça, as conchas machucam bastante...

Mas no fim fomos presenteados com esse pôr do sol lindo!!


Voltamos para Veneza e encontramos um PUB, mas sinceramente, ficamos nos perguntando onde aquele povo todo que estava parando a ilha durante o dia estava? Vida noturna nota zero. Fomos de novo para a Piazza di San Marco, nos sentamos e escutamos uma orquestra no bar tocando bossa nova, algumas outras clássicas e tango.

Enfim, domingo de manhã fizemos check-out no hotel e, claro, não podia faltar à missa. Fui na Chiesa del Santissimo Redentore, na mesma ilha que estávamos hospedados. A igreja é linda, com uma fachada de mármore branco e super imponente Até me choquei quando vi uma banda com voz e violão (na Alemanha é sempre bem mais clássico com o órgão), e em italiano é bem mais fácil entender. De repente, em uma das músicas, tinha 3 cantores líricos sem instrumento nenhum, e a voz da menina se sobressaia, e era tão linda que eu devo ter ficado boquiaberta por mais alguns minutos depois que ela parou de cantar. E aconteceu de novo em todas as vezes que cantaram, de uma forma que ficava decepcionada quando era a vez da banda. Não porque eles não eram ruins, mas gente, aquela menina cantando parecia um anjo, era uma voz sublime, claramente coisa de Deus mesmo!

Ilha de Burano

Depois da missa fomos tomar café com calma e pegamos o Vaporetto para Burano. Pegamos um até a Fondamenta Nuove e depois trocamos para a linha que vai até Burano. É um pouco longe, demora cerca de 40 minutos. Chegando lá, era uma vila colorida com rendas. Mas dessa vez muito mais turística, estava lotada! Não sei se foi o horário errado em Murano, mas Burano parece ser bem mais turística. Pra minha sorte minha sobrinha está crescidinha para as roupas que eles vendiam, e os dois babies da família são meninos, pois as roupas eram muito fofas! Sabe aquelas roupas do século XVIII para crianças, toda rendada? De novo, era caro sim, mas precisamos dar o valor, é um trabalho artesanal muito lindo! Achamos poucos restaurantes por lá, e os que tinham eram bem caros, então preferimos voltar para Veneza. Mas a fome venceu, e resolvemos comer a pior pizza do mundo na estação Fondamenta Nuove. Voltamos para buscar nossas coisas e fomos para a estação de trem, rumo à Roma!! [continua...]

Burano.

Rendas de Burano.

Campanário a la torre de Pisa.

Burano.



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